
Sardinha e Tainha estavam fazendo escova progressiva num salão de cabeleireiro e resolveram conversar sobre seus maridos, que eram amigos de infância e gostavam muito de pescar juntos nos fins de semana.
Então Sardinha falou para Tainha:
- Você acredita que meu marido anda tão esquecido, que esses dias após a pescaria deles, ele foi comprar cenoura e as perdeu antes mesmo de chegar em casa?
- Nossa, isso deve ser estresse!
- Tá estressado, então que vá pescar! Brinca Sardinha.
- Isso é o que eles mais fazem. Responde Tainha dando risadas.
- Você não acha um pouco estranha essa história de nossos maridos saírem para pescar todo fim de semana?
- Acho sim, inclusive estou há um tempão querendo conversar isso contigo - responde Tainha.
- Aé, por quê?
- Certo dia, meu marido chegou em casa morto de cansaço após essa pescaria, logo pensei, ele está me traindo. Então o questionei sobre o que havia ocorrido e você acredita que ele teve a coragem de dizer tudo na minha cara? - diz Tainha aos prantos.
- Sério, o que ele disse?
- Disse que o clima estava animado, que estava super empolgado com o ambiente, daí preparou a minhoca para pegar uma dourada-cadela, que deve seu uma dançarina vagabunda de funk, mas que no fim acabou não conseguindo.
- Que bom né amiga? Pelo menos ele foi honesto ao abrir o jogo, dizendo que teve vontade, mas que acabou não fazendo nada - diz Sardinha.
- É nada, aquele FDP, disse que não pegou a dourada-cadela, porque veio uma traíra e mordeu sua minhoca bem no meio....
- Nossa, estou passada! Fala Sardinha indignada.
- Em seguida comentou de uma tal de arraia.
- Só pode ser a Claudia!
- Infelizmente. Depois disso ainda me contou uma história louca, que uma tal de Dona Corvina, que deve ser a cafetina, tinha tirado o cação dele e por fim teria abotoado pela boca...alguma coisa assim.
- Nossa história louca mesmo...
- Isso se terminasse por aí. Logo em seguida ele disse, todo sorridente, que por causa de uma aposta que fez com seu marido, que ainda teve que comer uma piranha!
- Não acredito e o pior é que meu marido estava junto?
- Não só estava junto, como também participou de toda essa surubina.
- Ah não! Agora sou chifruda?
- Chifruda, mas com cabelo liso! - brinca Tainha.
- Não tente me alegrar em meio a uma tragédia...
- Então tá, já que quer saber eu vou falar. Certo dia, eu estava ouvindo uma conversa deles e seu marido falou que adorava um roque-roque e um chum-chum.
- Nossa, isso só pode ser sinônimo de trepar! Agora que eu arranco aquele olho de peixe morto dele!
- Ainda tem um agravante - diz Tainha.
- Qual é?
- Seu marido, gosta do roque-roque e do chum-chum, mas não é com nenhuma piranha traíra não.
- Aé, é com quem então?
- Ele se comparou a um peixe espada, deve cortar pros dois lados, disse que andou pegando um cará e depois que o forte dele era enguia, que adorava um barbado, pintando, bananinha e um duro-duro!
- Esse cabeça de bagre merece um cascudo!
- Merece mesmo! O pior é que ele fica comparando o tamanho da vara dele com as dos amigos. Eu até o ouvi dando uma desculpa que a vara dele era pequena quando estava guardada, mas que na hora de usar ela esticava rapidinho!
- Além de me chifrar, ainda fica contando mentira pros outros?
- Pois é!
- É por isso que esses dias meu marido me perguntou o que era bom pacú assado!
- O que você disse, Hipoglos? Pergunta Sardinha.
- Não, entendi que isso fosse um prato e orientei que ele comprasse um quilo de batata e um de cenoura e, agora entendo o porquê ele voltou da quitanda dizendo não lembrar onde tinha enfiado as cenouras ...
Então Sardinha falou para Tainha:
- Você acredita que meu marido anda tão esquecido, que esses dias após a pescaria deles, ele foi comprar cenoura e as perdeu antes mesmo de chegar em casa?
- Nossa, isso deve ser estresse!
- Tá estressado, então que vá pescar! Brinca Sardinha.
- Isso é o que eles mais fazem. Responde Tainha dando risadas.
- Você não acha um pouco estranha essa história de nossos maridos saírem para pescar todo fim de semana?
- Acho sim, inclusive estou há um tempão querendo conversar isso contigo - responde Tainha.
- Aé, por quê?
- Certo dia, meu marido chegou em casa morto de cansaço após essa pescaria, logo pensei, ele está me traindo. Então o questionei sobre o que havia ocorrido e você acredita que ele teve a coragem de dizer tudo na minha cara? - diz Tainha aos prantos.
- Sério, o que ele disse?
- Disse que o clima estava animado, que estava super empolgado com o ambiente, daí preparou a minhoca para pegar uma dourada-cadela, que deve seu uma dançarina vagabunda de funk, mas que no fim acabou não conseguindo.
- Que bom né amiga? Pelo menos ele foi honesto ao abrir o jogo, dizendo que teve vontade, mas que acabou não fazendo nada - diz Sardinha.
- É nada, aquele FDP, disse que não pegou a dourada-cadela, porque veio uma traíra e mordeu sua minhoca bem no meio....
- Nossa, estou passada! Fala Sardinha indignada.
- Em seguida comentou de uma tal de arraia.
- Só pode ser a Claudia!
- Infelizmente. Depois disso ainda me contou uma história louca, que uma tal de Dona Corvina, que deve ser a cafetina, tinha tirado o cação dele e por fim teria abotoado pela boca...alguma coisa assim.
- Nossa história louca mesmo...
- Isso se terminasse por aí. Logo em seguida ele disse, todo sorridente, que por causa de uma aposta que fez com seu marido, que ainda teve que comer uma piranha!
- Não acredito e o pior é que meu marido estava junto?
- Não só estava junto, como também participou de toda essa surubina.
- Ah não! Agora sou chifruda?
- Chifruda, mas com cabelo liso! - brinca Tainha.
- Não tente me alegrar em meio a uma tragédia...
- Então tá, já que quer saber eu vou falar. Certo dia, eu estava ouvindo uma conversa deles e seu marido falou que adorava um roque-roque e um chum-chum.
- Nossa, isso só pode ser sinônimo de trepar! Agora que eu arranco aquele olho de peixe morto dele!
- Ainda tem um agravante - diz Tainha.
- Qual é?
- Seu marido, gosta do roque-roque e do chum-chum, mas não é com nenhuma piranha traíra não.
- Aé, é com quem então?
- Ele se comparou a um peixe espada, deve cortar pros dois lados, disse que andou pegando um cará e depois que o forte dele era enguia, que adorava um barbado, pintando, bananinha e um duro-duro!
- Esse cabeça de bagre merece um cascudo!
- Merece mesmo! O pior é que ele fica comparando o tamanho da vara dele com as dos amigos. Eu até o ouvi dando uma desculpa que a vara dele era pequena quando estava guardada, mas que na hora de usar ela esticava rapidinho!
- Além de me chifrar, ainda fica contando mentira pros outros?
- Pois é!
- É por isso que esses dias meu marido me perguntou o que era bom pacú assado!
- O que você disse, Hipoglos? Pergunta Sardinha.
- Não, entendi que isso fosse um prato e orientei que ele comprasse um quilo de batata e um de cenoura e, agora entendo o porquê ele voltou da quitanda dizendo não lembrar onde tinha enfiado as cenouras ...
Doug Baiacuzão
"Piraram a cabeça, pirarucu"
Um comentário:
Cara.... sua capacidade inventiva está melhorando a cada dia... esse texto é fantástico. adorei
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