De hábitos peculiares, eles são facilmente notados e dificilmente não haverá alguém que você conheça com esse perfil. Podemos dizer que ser peão ou “pião”, como é chamado popularmente, não é nenhum demérito, mas sim, um estilo de vida.
Na realidade, por mais nobre que a pessoa seja (seji - peãozisticamente falado), ela tem algum hábito de peão. Pois se não tiver, provavelmente essa pessoa “seji” extremante fresca e insuportável.
Peão que é peão normalmente é assim:
Fala sempre aos berros;
Acorda muito cedo e sem usar despertador;
Troca sua escova de dente a cada ano bissexto;
Come pão na chapa com pingado;
Lê as principais notícias de todos os jornais na frente da banca e, no fim, compra sempre o Lance;
Cumprimenta o motorista do ônibus pelo nome;
Ao sair do ônibus, dá duas batidinhas na porta e aos berros fala: “Valeu Piloto!”
Bota apelido em todo mundo;
Usa bigode ralo e unha grande;
Faz diariamente a palavra-cruzada do jornal Metro;
Sua leitura mais longa foi aquela estorinha da última página do gibi da Mônica;
Só almoça marmita ou prato-feito;
Come e até corta o bife com colher;
Odeia salada e come ovo todo dia;
Põe pimenta e farinha em qualquer comida;
Faz um buraco no arroz (parecendo um vulcão), para pôr o feijão em cima e não cair do prato;
Sempre toma uma caipirinha grátis na quarta-feira, antes de abater aquela fejuca;
Come até passar mal, se possível, come o resto de comida que estava na mesa ao lado;
Lambe os dedos ao comer frango;
Tira sujeira do dente com a unha (e a sujeira da unha com os dentes);
Depois do almoço, sempre toma café;
Chama alguém que não conhece de bigode, grande, chara, amigo ou companheiro;
Ao sair do boteco, sempre está com um palito de dente na boca e a camisa aberta;
Faz uma fezinha no jogo do bicho;
Joga bola no horário de almoço e depois vai trabalhar suado;
Usa desodorante Avanço;
Anda com cortador de unha e pente de cabelo no bolso;
Sempre carrega todos os documentos, até a reservista;
Não usa guarda-chuva;
Chama empresa de firma;
Trabalha com camisa de time de futebol e no fim de semana, veste camisa da “firma”;
Usa boné de político;
Olha pra bunda de qualquer mulher e aos berros ainda fala: “Essa eu boto broco por broco!”;
Usa pochete;
Cria maritaca achando que é papagaio;
Cria cadela grande num cubículo e a chama de Xuxa, ou de alguma personagem de novela, tipo Filó, Dara, Sarita e Porcina (Mixinelly não!);
Prova quantas vezes deixarem as amostras grátis dadas nos mercados;
Toma rabo de galo ou Maria mole no fim de cada expediente;
Come churrasquinho grego ou milho assado na barraquinha do ponto final do ônibus (quando termina de comer o milho, joga o sabugo pela janela do busão);
Passa no Bradesco todo dia pra imprimir um extrato;
Toma Kaiser;
Odeia tecnologia;
Só compra coisa à vista e em dinheiro;
Não perde um programa do Datena;
Vota no Maluf;
Chama a esposa de mãe;
Fala “qui seji”, “esteji”, “menas”, “mortandela”, “de grátis” e “a gente vamos”;
Chama bicicleta de magrela e tênis de pisante;
Sonha em ser policial militar;
Adora encher laje para comer de graça;
Não toma remédio de jeito nenhum;
Assua o nariz com os dedos, dá aquela estilingada na rua e limpa as mãos na calça;
Sonha em colocar uma luz neon e um DVD em seu Voyage, Tipo, Kadett, Opala ou Chevette;
Cola muitos adesivos no carro, do Coração Sertanejo, Estância Alto da Serra, Racionais e as famosas frases “capoto, mas não breco”, “rastreado por fofoqueiras”, etc;
Tira cera do ouvido com caneta ou chave de fenda;
Joga truco, dominó e dama (xadrez não!);
Tem celular top de linha, mas não tem crédito para efetuar ligação;
Fala que fulano trabalha com computador (não importa se é um profissional de informática ou se é, por exemplo, caixa de loja de conveniência);
Depois de dar uma bela gargalhada, sempre finaliza com um longo suspiro e... o famoso: “ai, ai, ai, ai”;
Acha que construir presídio e implantar pena de morte são saídas inteligentes para acabar com a violência;
Dá um tapinha nas costas quando lhe cumprimenta;
Fuma cigarro sem marca, tipo cigarro do Milhão e 007;
Adora ir ao Poupa Tempo;
É freqüentador assíduo do shopping Interlagos;
Nos aniversários, sempre é o cara que grita “e pra Fulano nada” e “então como é que é”;
Doug Peãozinho Kid
Um comentário:
Sou um "pião" não praticante.
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